sexta-feira

Navios – petroleiros – estrangeiros roubam água do Rio Amazonas, e comprometem ecossistema

A Amazônia sempre foi alvo da cobiça internacional, por motivos óbvios, já que não existe em qualquer lugar do planeta, uma “convergência” de riquezas em recursos naturais de todo tipo, principalmente em tempos de escassez geral de recursos, quando os países, principalmente, os desenvolvidos, já queimaram os seus em um processo irracional de desenvolvimento e, agora, colocam “olho gordo” sobre o patrimônio dos outros.

Depois da biopirataria que vai das madeiras nobres até a biodiversidade singular, agora, a hidropirataria, quando petroleiros estrangeiros que vão a Manaus pegar carga de retorno, enchem os seus porões de água dos rios amazônicos, sem que sejam incomodados.

São 250 milhões de litros d'água por navio, que vai trazer-lhes grandes lucros em países como os do Oriente Médio, que utilizam a dessalinização de águas subterrâneas, em processo caríssimo que eleva o custo final da água. Pois, mesmo que tivessem que tratar esta água dos porões dos navios, ela sairia muito mais barata e, o mais importante, de qualidade muito superior, já que apenas os rios amazônicos – mais de mil – e o Rio Congo, na África , são os únicos considerados, hoje, que teem águas, realmente, limpas no planeta.

Alem do roubo das águas, que é um patrimônio da União, os navios ainda despejam nos rios, a água de balastro, que é a água do mar que carregam em seus porões para lhes dar estabilidade depois que deixam a carga, o que provoca grandes desequilíbrios nos ecossistemas dos locais onde despejam estas águas, nos portos marítimos, e que podem ser ainda mais desastrosos ao introduzirem elementos do ecossistema marinho nos rios amazônicos.


Cientistas acreditam que além da água, pode estar ocorrendo a biopirataria, com o roubo de peixes, animais e microrganismos dos rios, que seriam muito mais valiosos se vendidos em países da União Europeia, América do Norte, Asia e Oriente Médio.

O surpreendente é que a Marinha do Brasil, responsável, não só pela guarda de nossas costas, mas, tambem de todas águas – doces ou salgadas – pertencentes a União, ainda não tomou uma atitude de repressão a este flagrante desrespeito a um patrimônio nacional.

Fonte: Eco21

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13 comentários:

  1. Era só o que me faltava mesmo, os caras já vem pra cá e pintam e bordam porque o turismo na amazonia é cobrado em dolar, inacessível para a maior parte dos Brasileiros,e agora deram para roubar nossa água também, o Sivam (sistema de vigilancia da Amazonia) tá lá pra que??? de enfeite, coloca a marinha pra fiscalizar caralho.

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  2. É, eu tambem acho que a Marinha deveria tomar alguma atitude neste sentido. Quanto ao turismo na Amazônia, o que ocorre é que temos uma visão equivocada da região – criada pelos meios de comunicação – de doenças, perigos e insegurança, o que afasta os brasileiros de lá, enquanto, como diz, os estrangeiros deitam e rolam naquelas maravilharas, únicas no planeta. Quanto aos preços, todo anos os turistas nacionais deixam bilhões em viagens por todo o mundo, e em dólar.

    Confira o artigo: http://metanoverde.blogspot.com/2010/12/amazonia-deleite-de-estrangeiros-e.html

    Um abraço

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  3. Fala serio gente, por mais que os navios dele captem agua, ainda vai ter muita agua no rio , acho eu isso ja é um exagero, absurdo é oque os proprios brasileiros jogam fora de agua potável.

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  4. Olá!

    O lance não é a água em si mesma. O problema é que em muitos aspectos a Amazônia tem sido ao longo dos anos uma terra de ninguém, e existem tratados internacionais que reconhecem a soberania dos países sobre o seu territórios e recursos.

    É como se entrassem na casa de alguem que tem alguns carros na garagem e resolvem levar um, e o que é pior, sem lhe pedir ou avisar.

    Neste caso o mais importante é o precedente, pois, caso nada seja feito muitos vão achar que podem entrar e pegar o que bem entenderem. A água é abundante e barata aqui no Brasil, o que não acontece em boa parte do mundo.
    Recentemente o Ibama e Polícia Federal pegaram e multaram empresas e ONGs estrangeiras, por biopirataria na Amazônia, o que é, relativamente frequente.

    Copie o link e confira: http://metanoverde.blogspot.com/2010/11/multa-do-ibama-natura-do-vice-da-marina.html

    Um abraço

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  5. Imaginem o que eles levam além de água nestes porões. Especies marinhas por exemplo.

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  6. É, como falamos acima, a Amazônia sempre foi uma "casa de mãe joana", só ultimamente têm sido criados mecanismos e leis que estão integrando-a ao resto do Brasil, de verdade, mas, muito ainda precisa ser feito.

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  7. Tem muitos blogs que não aceitam comentários “Anônimos”. Eu não me importo, pois, uma boa parte deles que nos chegam nos blogs são anônimos.

    Não sei bem porque as pessoas não se identificam, talvez por algum constrangimento ou timidez , embora muitos o façam para darem vazão ao seu mau humor, desrespeito para com o autor do artigo e autores dos outros comentários, por falta de educação ou como prefere alguns blogueiros, classificá-los nas categoria de covardes, pois, escondidos sob o anonimato, dão vazão às suas incivilidades.

    O interessante é que em sua maioria, quando acham que comentam o artigo, fica claro que não o leram ou se o fizeram, simplesmente não o entenderam, logo a capacidade de compreensão do texto é inversamente proporcional a pretensão.

    Mesmo assim eu gostaria de publicar alguns para que pudesse interagir e responder. Só não o faço por respeito aos usuários do blog, já que iria expô-los a verborragia grosseira e sem educação de alguns anônimos.

    É isso! Comentar como “Anônimo” é um direito que reconheço e aceito numa boa, mas, me reservo o direito de filtrar aqueles covardes”.

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  8. Independente da própria natureza repor o que é levado de água nossas fronteiras estão largadas e isso é fato. Moro no Amapá e não na vizinha guiana francesa muitos brasileiros são maltratados vizinhos ao seu próprio pais que em contrapartida trata os moradores da guiana como deuses...devíamos dar o troco como repudio;;;

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    1. Olá!

      É, o Brasil é muito grande, com fronteiras muito extensas e difíceis de monitorar e/ou vigiar, sobretudo estas da Amazônia que é um grande objeto de desejo de meio mundo que gostaria de “botar a mão nela”.

      Quanto aos brasileiros que vivem nestas fronteiras, eles não devem ter uma noção exata do seu país, e do que ele representa, já que este pais gigante e cada vez mais desenvolvido e melhor, não afetou as suas vidas.

      Ou seja, os benefícios do desenvolvimento pelo qual passa, ainda não chegou ou trouxe benefícios concretos às suas vidas, daí o pais vizinho – por ser mais próximo e oferecer mais oportunidades – surgir em suas cabeças como o melhor dos mundos, o que os faz se submeterem as estas humilhações.

      É preciso que o Brasil de fato chegue até estes brasileiros abandonados à própria sorte.

      Um abraço

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  9. Isto é gravíssimo, se o brasil não tomar providências, nós seremos muito prejudicados. Já estamos sendo. Poderíamos criar uma ONG para fiscalizar e impedir tais abusos!!! Já que o governo deve ganhar um por fora para fazer vista grossa dessas ações!

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    1. É verdade!

      Alguma coisa tem que ser feita, mas o problema é conseguir fazer uma coisa assim, uma ONG, como sugere.

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    2. Criar uma Ong?....vamos falar sério.....todos sabem que qualquer organismo criado por países colonizadores (Ongs, ordens religiosas e similares) sempre foram e são usados para mapearem recursos econômicos, informações sociais e etecoétera.....e que serão usados para informa-los de que maneira e quais recursos poderão roubar dos países por eles colonizados.
      Quanto ao Brasil ter grande extensão territorial, não é desculpa, pois outros quatro países tem maior extensão que o nosso e não entregam seus recursos ao estrangeiro colonialista. A grande verdade é que nossa classe dirigente não é dona de nada, então, porque arriscariam seus privilégios defendendo o que não lhes pertence?. Um EUA, uma Rússia, uma China e alguns outros países realmente soberanos realmente guardam o que é seu e, por isso, mantém exércitos equipados e treinados. Alguém já ouviu falar de roubo, seja de que recurso for, nesses países que citei? Na China, no mínimo, há uma bala reservada para os crâneos dos infelizes que foram pegos a vilipendiar seus recursos (sejam estrangeiros ou nativos). Ah!...em tempo.....pirataria se combatia com enforcamento e decapitação....

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    3. Olá!

      Desculpe-me por não ter respondido imediatamente.

      É, não é lá muito fácil fazer algo assim.

      Concordo com você que as ONGs, sobretudo as mais famosas, são criadas e financiadas por governos e empresas que se travestem de ambientalistas, mas na realidade estão a serviço de seus financiadores, como bem explicou em seu comentário.

      Nós somos um país, relativamente, jovem, visto que temos pouco mais de 100 anos de independência formal, já que tivemos pouca experiência como democracia de fato. Acabamos de completar 30 anos, agora em 2014, depois do final da ditadura de 64, em 1984, logo estamos em plena fase de construção de algo que possamos chamar de democracia.

      Estes países que você citou, a exceção dos EUA, são países milenares e que já têm algum traquejo no trato com suas coisas, e mesmo os EUA, na realidade, nunca foi colônia, nunca foi dominado de fato e sempre cuidou ele mesmo de seus interesses, já que para o momento econômica da época o “seu dono”, a Inglaterra, não tinha qualquer interesse nele e quando tentou já era tarde.

      Quanto a nós, temos um pais gigante em via de ser construído e sob a mira de muitas aves de rapinas que querem impedir e continuar botando a mão em nossos recursos e riquezas como disse, também, em seu comentário.

      Esta eleição é emblemática e coloca no cenário, exatamente este conflito – os nossos interesses como brasileiros e aqueles que não se conformam em perder a “boquinha” – e grande parte da população, ainda deseducada e desinformada, não percebe o que está em jogo e que vai acabar influenciando naquilo que pode ser o seu futuro e dos seus filhos, o nosso futuro comum com nação.

      Entretanto, a ideia de ONG ou outra iniciativa do gênero pode ser viável sim, não como algo de efeito imediato e absoluto na solução deste problema, mas como um princípio de organização e aprendizado para começarmos a cuidar nós mesmos de nossas coisas e do nosso país, ou seja, alguma coisa pode ser feita e não precisamos esperar que venha tudo “de cima”, não concorda?

      Um abraço

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